Por Letícia Gonçalves
Cuidado
com suas palavras, com suas ações, com seus exemplos, pois se você é um (a)
educador (a), se tem dentro de seu lar filhos biológicos ou adotados, preste
bem atenção nos exemplos que dá e nas sementes que planta, elas crescerão e
darão frutos para essa vida física e para a próxima. “O plantio é livre, mas a
colheita é obrigatória!”
Esse singelo texto abordará
o tema “mães narcisistas”, não pela ótica de um psicólogo ou analista, mas de
forma despretensiosa pela ótica de quem tem certa experiência no tema. A ideia é
ventilar um assunto delicado e difícil, mas recorrente em vários lares disfuncionais
e, dentro do possível, nos solidarizar com os filhos que foram ou ainda são
atuais vítimas dessas mães.
Para quem tem ou teve uma
mãe equilibrada, carinhosa e que respeitou o espaço dos filhos é difícil
compreender que há mães incapazes de amar, e de respeitar seus filhos. E pior ainda, de que são capazes das mais
atrozes ações para manipular, controlar, humilhar, diminuir e sabotá-los.
Existe pai com transtorno de personalidade narcisista, mas aqui abordaremos mais precisamente as características das genitoras porque é mais comum casos de mães que perseguem filhas.
O narcisismo é um transtorno e não é caracterizado como uma doença, mas como um jeito de ser. As pessoas têm filhos. Os psicopatas têm filhos, os sociopatas têm filhos, os narcisistas têm filhos, isso é natural... é da vida. Então, por exemplo, se um psicopata casa-se e tem filhos, será um pai psicopata. Se uma pessoa com transtornos de personalidade narcisista tiver filhos será pai ou mãe com esse transtorno, é muito simples! Entretanto, conviver com pais psicopatas ou narcisistas é muito difícil e acarreta enormes dificuldades e sofrimentos inimagináveis para esses filhos e para todos os que tiverem que conviver mais de perto com essas pessoas...
Afirmamos que a nossa intenção é a de mostrar algumas características da mãe com essa personalidade (transtorno), mas sem dúvida nenhuma, somente um profissional preparado pode realmente atestar com propriedade sobre esses casos, o mais importante a fazer é perceber no texto algumas das características, refletir, pesquisar mais em sites sérios, e buscar ajuda de profissionais competentes (especializados) que possam dar todo o suporte (psicólogo).Algumas
características da mãe com transtorno de personalidade narcisista:
1. A
caractetística mais marcante da mãe narcisista é que ela não tem EMPATIA, é
INCAPAZ de compreender a dor do outro, de se identificar com essa dor ou
respeitar qualquer necessidade de seus filhos.
2. Subestima
a capacidade dos filhos e o mais interessante é que as filhas são muito mais
atingidas (caso muito mais comum com filhas) do que os filhos homens, mas os
filhos também sofrem com pais e mães assim.
4. Há
relatos de mães narcisistas violentas, agressivas, mas isso não é regra para
todas as mães que sofrem desse transtorno, existem mães que não batem em seus
filhos, mas deixam passar fome, fazem experiências (na infância do filho “bode
expiatório”) que os levam ao sofrimento, ao desespero, ao medo, sem que eles
consigam compreender o que se passa.
5. Sabotam
as filhas impedindo-as de seguirem com suas vidas ou de serem independentes, são
controladoras, fazem chantagem emocional, algumas podem fingir doença, falsos desmaios
só para fazer com que sua vítima sinta-se culpada.
8. Se
essa mãe tem mais de um filho, elegerá o “filho de ouro” e o filho que será o “bode
expiatório”. O filho de ouro irá trata-lo bem, segundo seus interesses
dedicando a ele seu pseudo amor. Fará elogios e dará tratamento melhor e
diferenciado, caso não seja contrariada. Por outro lado perseguirá cruelmente a
filha (o) que ela elege como “bode expiatório”.
9. Quando
essa mãe não é confrontada, quando o filho vítima faz ou age exatamente de
acordo com as expectativas dessa mãe, ela o subornará e o tratará “bem”, porque
o que ela quer é ser o centro das atenções. Essa mãe narcisista quer sempre
chamar atenção para si e uma de suas características
mais interessantes ou o que a revela uma mãe com transtorno de personalidade
narcisista é a necessidade de chamar a atenção
para si.
10.
A mãe com transtorno de personalidade narcisista
não assume nunca a responsabilidade, os erros cometidos e jamais dará aos
filhos amor verdadeiro ou atenção de que realmente precisam se isto a ofuscar e
jamais se responsabilizará pelo mal que causou a essa filha (o), ela sempre os acusará
pelas próprias desditas e sempre se esquivará das críticas. A mãe narcisista nunca
assumirá os próprios erros nem buscará ajuda de um psicólogo, já que se acha
perfeita e não vê em si mesma nenhum problema, ao contrário, a mãe com esse
transtorno acha-se a melhor mãe do mundo!
Mente muito! Para se safar de alguma situação que a coloque em cheque, falseia sem o menor pudor e arroga-se dos direitos e da autoridade de mãe punições e crueldades inomináveis para com suas vítimas.
O problema do
narcisista é que sendo mãe ou pai ele não consegue enxergar seus erros, por
isso se isenta de autocríticas, ou reformas íntimas justamente por não
conseguir ver em si falhas.
É de suma importância que fique bem claro que a maioria dos pais são
protetores e generosos, são amorosos e bons instrutores para seus filhos. Há
mães amorosas, cuidadosas com a educação da criança nutrindo-a com amor,
respeito e com bons exemplos e educando-a dentro de excelentes padrões morais.
O transtorno de
personalidade narcisista é um mal que assola milhares de mães em todo o planeta
e a nossa cultura religiosa, infelizmente esmaga-nos com afirmações que nem
sempre cabem a todos os pais e responsáveis, há uma falsa ideia de que pai e
mãe são santos e que falar ou apontar o dedo para suas falhas e erros, abusos e
maldades seja pecado ou ingratidão. No entanto, essa situação sempre existiu em
todos os lares disfuncionais e em todas as épocas. Mas somente agora fala-se
mais sobre esse delicado assunto separando-se dos pais amorosos e equilibrados
àqueles que constituem famílias disfuncionais.
A sociedade nos ensina
que toda mãe é sagrada e que devemos respeitar, honrar e acatar suas ordens.
Não somos contra se respeitar os pais, mas até quando nos calar ou não sermos
vistos como filhos de famílias que não deram certo, mais ainda, de pais e mães
com transtornos de personalidade que despreparam para a vida milhares de seres
humanos, que crescem cheios de traumas, sentindo-se inferiores, sem auto
estima, sem amor, sem bons exemplos, etc.
Infelizmente nem sempre estamos cercados de mães cautelosas, amorosas ou
preocupadas em educar com qualidade, mas de mães que vão sim, traumatizar seus
filhos, espanca-los, assassina-los e em
muitos casos, tortura-los psicologicamente até que esse ser humano torne-se um
cidadão infeliz, frustrado, irritadiço, desconfiado, com mania de perseguição,
tímido, com dificuldades de aprendizado e com perturbações psíquicas de difícil
solução.
O perdão e a auto cura,
transformam e direcionam todas as almas para Deus.
Reflitamos
Namastê!